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Artesanato à beira mar


Durante todo o ano, a feirinha de artesanato da avenida Beira Mar atrai turistas dos mais diversos lugares do País e do mundo. Eles se encantam não só com as belezas de Fortaleza, mas também com a grande variedade de produtos regionais oferecidos nas barracas espalhadas pela feira. É possível encontrar desde comidas típicas a objetos decorativos que remetem à cultura do estado, como réplicas em miniaturas de jangadas e arte com areia colorida retirada das falésias de Beberibe, no litoral leste do Estado.


Entre muitos desses turistas que se dizem maravilhados com a cidade, encontra-se Alzenor e Derli, de 67 e 65 anos. Vindos de Santa Catarina, o casal visita Fortaleza pela sexta vez e revela que nunca deixa de passar pela feirinha. “A gente se aposentou e agora só quer passear e aproveitar um pouco a vida”, explica Alzenor. Para Derli, o que a faz voltar a visitar a cidade é a beleza da cidade que a encanta. “A gente adora, por mim, estaria todo ano aqui”, completa a turista que gosta especialmente dos bordados que encontra na feirinha.


Mercado


Os bordados são a especialidade de Maria Alves, que há 39 anos dedica-se a fabricar peças manualmente para complementar a renda familiar. Segundo ela, as vendas diminuem, especialmente na baixa estação. “As vendas de artesanato aqui caíram, principalmente a renda e o bordado”, afirma. Apesar disso, Maria ressalta a importância do local para o turismo da cidade. “As pessoas já vem para cá sabendo da feirinha”, conclui a feirante.


Assim como Maria, Mirtes trabalha há mais de trinta anos no local e também sente os efeitos da crise. Mirtes é artesã e possui um espaço na feira onde vende produtos de crochê que são confeccionados manualmente. Ela reclama do pouco movimento que a feirinha recebe atualmente. Apesar disso, segue com seu trabalho e aguarda com otimismo a melhoria da situação. “Parou um pouquinho, mas a gente vai levando, não é?”, suspira a artesã.


Para conseguir espaço na feirinha é preciso fazer um cadastro na prefeitura e pagar uma taxa para formalizar a situação do feirante. “É um valor simbólico”, explica Marco Antônio, 43 anos e que a quaro trabalha no local. Após perder seu antigo emprego, ele foi em busca de melhoria de vida e investiu em seu próprio box, onde vende os mais diversos produtos de decoração e até lembrancinhas de viagem como chaveiros e canecas temáticas. A sugestão do novo empreendimento veio de sua esposa que já trabalhava lá.


Oportunidade


Ao visitar a feira, também se pode encontrar muitas delícias. E são com esses produtos que Osmídio Neto trabalha. O feirante de 28 anos que já trabalha há cinco no local comercializa desde rapadura a cachaça. Muitos dos produtos são artesanais, mas não são fabricados por ele. Entretanto, o comerciante garante que é tudo de qualidade. Ele também enfatiza a importância da feira. “A feirinha dá muita oportunidade pra gente montar nosso próprio negócio. E tem movimento o ano inteiro, é muito bom trabalhar aqui”, afirma Osmídio.


Segundo José Djalma, comerciante e vice-presidente da Asfabem - Associação dos Feirantes de Artesanato da Beira Mar, atualmente existem 652 barracas já cadastradas na feirinha. A partir de um cadastramento feito na Regional II os feirantes adquirem o direito de uso do local. A feira gera grande movimentação no turismo e a arte local. A variedade dos produtos leva muito da cultura nordestina. “Isso é de total importância para a cidade, que tem na sua economia o turismo como uma das melhores fontes de lucro”, conclui Djalma.



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